quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Produção Textual - A Pulga

PRODUÇÃO DE TEXTO:

A PULGA

1- Transformar o texto numa história em quadrinhos:

Que intimidades a atrevidinha se permite! Pergunto mesmo: Haverá no planeta alguém mais sem cerimônia? Pois ela invade nossos mais guardados territórios com a afoiteza, a temeridade de um camicase. Trafega por eles como se estivesse na sua própria casa _ e, na verdade, somos uma de suas casas. Crava-nos sua agulha se sucção como se fôssemos flor de alguma abelhinha vampira. Seu maior mal não é a fisgada que dá, pois o que nos rouba é pouco; seu maior mal é ser promíscua, excessivamente inconstante e passeadeira, amiga de ratos, gatos, madames, senadores, cães, esgotos, palácios, teatros ordinários. A pulga é uma excursionista sem programa: agora está na braguilha de um hortelão que leva à cidade o produto de sua horta, logo mais já está a caminho de São Paulo no cós da calça de um comerciante, amanhã vai para Roma na dobra de uma batina. E que atleta respeitável, ela que, tendo perdido as asas na poeira dos tempos, pula cem vezez o próprio tamanho e desloca um volume cem vezes maior que o próprio peso. E que atleta moderada na mesa: uma refeição de sangue lhe basta para dois dias e andaram descobrindo que pode jejuar até por dezoito meses, façanha de já se invejar no cotidiano, quanto mais nos tempos de apertura. Não chega a ser, como se vê, um monstro _ o mais que ela faz é ser inquieta e intrometida. John Donne não a defendeu mal diante da amada: "Que crime cometeu a pulga incauta salvo a mínima gota que lhe falta?" Não sei se o poeta pensava, mas eu penso: há tanta gente chupando nosso sangue, merecendo nossa unha...
Autor desconhecido


SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

1- SUBSTITUA AS PALAVRAS NEGRITADAS POR UM SINÔNIMO:


A pulga invade nossos territórios com a afoiteza, a temeridade de um camicase.
Seu mal não é a
fisgada que dá, mas é ser promíscua e inconstante.
É uma
excursionista. Às vezes está na braguilha de um hortelão.
É
moderada. Faz a façanha de jejuar até dezoito meses.
Que crime cometeu a pulga
incauta?

2- ESCREVA NO PLURAL:


A pulga atrevida viajou para Roma.
Um hortelão leva à cidade o produto de sua horta.
Trafega por nossos territórios como se estivesse em sua própria casa.
É uma excursionista.
Crava-me sua agulha de sucção como se eu fosse uma flor.

3- COPIE DO TEXTO:


As palavras com acento agudo e as palavras com acento circunflexo.

4- EXERCITANDO O TEXTO:


Quais os adjetivos atribuídos à pulga?

POR QUE A PULGA É:
- Sem cerimônia?
- Uma excursionista
- Uma atleta moderada?
- Uma atleta?

Relacione os amigos da pulga.

Explique o que disse o poeta:


"Que crime cometeu a pulga incauta
Salvo a mínima gota que te falta?"

Qual a intenção do autor quando afirma:
"Há tanta gente chupando nosso sangue, merecendo nossa unha..."?

O Texto condena ou inocenta a pulga?

A Princesa e o Sapo

A Princesa e o Sapo

Era uma vez uma bondosa princesa muito bonita, de cabelos longos e louros que vivia num reino muito distante. Um dia sem querer, a princesa deixou cair uma bola dentro de um lago. Pensando que a bola estivesse perdida, começou a chorar.

-Princesa, não chore. Vou devolver a bola para você. - disse um sapo.

-Pode fazer isso? - perguntou a princesa.

-Claro, mas, só farei em troca de um beijo.

A princesa concordou. Então, o sapo apanhou a bola, levou-a até os pés da princesa e ficou esperando o beijo. Mas, a princesa pegou a bola e correu para o castelo. O sapo gritou:

-Princesa, deve cumprir a sua palavra!

O sapo passou a perseguir a princesa em todo lugar. Quando ia comer, lá estava o sapo pedindo a sua comida. O rei, vendo sua filha emagrecer, ordenou que pegassem o sapo e o levassem de volta ao lago. Antes que o pegassem o sapo disse ao rei:

-Ó, Rei, só estou cobrando uma promessa.

-Do que está falando, sapo? Disse o rei, bravo.

-A princesa prometeu dar-me um beijo depois que eu recuperasse uma bola perdida no lago.

O rei, então, mandou chamar a filha. O rei falou à filha que uma promessa real deveria ser cumprida. Arrependida a princesa começou a chorar e disse que ia cumprir a palavra dada ao sapo. A princesa fechou os olhos e deu um beijo no sapo, que logo pulou no chão. Diante dos olhos de todos, o sapo se transformou em um belo rapaz com roupas de príncipe.

Ele contou que uma bruxa o havia transformado em sapo e somente o beijo de uma donzela acabaria com o feitiço. Assim, ele se apaixonou pela princesa e a pediu em casamento. A princesa aceitou. Fizeram uma grande festa de casamento, que durou uma semana inteira. A princesa e o principe juntaram dois reinos e foram felizes para sempre.


Momento de Reflexão


1) O que o Sapo pediu em troca para recuperar a bola da princesa?

  1. O Sapo ganhou o que pediu pela ajuda dada à Princesa?

  2. Qual foi a reação do Rei perante a promessa quebrada pela Princesa?

  3. Porque a Princesa não cumpriu o prometido?

  4. Qual foi o final do conto?

  5. Quais aspectos são semelhantes ao conto do “Shrek”? E quais as diferenças?

A mulher que matou os peixes

A Mulher que Matou os Peixes

Meu filho foi viajar por um mês e mandou-me tomar conta de dois peixinhos vermelhos dentro do aquário.
Mas era tempo demais para deixarem os peixes comigo. Não é que eu não seja de confiança. Mas é que sou muito ocupada, porque também escrevo histórias para gente grande.
E assim como a mãe ou a empregada esquecem uma panela no fogo, e quando vão ver já se queimou toda a comida – eu estava também ocupada escrevendo história. E simplesmente fiz uma coisa parecida co deixar a comida queimar no fogo: esqueci três dias de dar comida aos peixes! Logo aqueles que eram tão comilões, coitados.
Além de dar comida, eu devia sempre trocar a água do aquário, para eles nadarem em água limpa.
E a comida não era qualquer uma: era comprada em lojas especiais. A comida parecia um pozinho horrível, mas devia ser gostoso para peixe porque eles comiam tudo.
Devem ter passado fome, igual gente. Mas nós falamos e reclamamos, o cachorro late, o gato mia, todos os animais falam por sons. Mas peixe é tão mudo como uma árvore e não tinha voz para reclamar e me chamar. E, quando fui ver, estavam parados, magros, vermelhinhos – e infelizmente já mortos de fome.
Vocês ficaram muito zangados comigo porque eu fiz isso? Então me dêem perdão. Eu também fiquei muito zangada com a minha distração. Mas era tarde demais para eu lamentar.
Eu peço muito que vocês me desculpem. Dagora em diante nunca mais ficarei distraída.
Vocês me perdoam?

CLARICE LISPECTOR

  1. RESPONDA:
    a) Quem conta a história?


b) Qual era a profissão da mulher?


c) Como ela devia cuidar dos peixes?


d) Por que ela se esqueceu de dar comida aos peixes?


e) Como ela se sentiu depois que os peixes morreram?


f) Para quem ela pede perdão pela morte dos peixes?

2) Use a sua imaginação e responda em seu caderno:


a) Como você imagina a mulher que deixou os peixes morrerem?


b) Você perdoaria a mulher? Por quê?


c) Você conhece outros livros dessa escritora?


d) Que outro título você daria para essa história?

A Magia dos Velhos Brinquedos

A MAGIA DOS VELHOS BRINQUEDOS


Hoje em dia a televisão anuncia, com insistência, brinquedos incríveis, sofisticados, coloridos,auto-suficientes. Barulhentos e caros. Uma tentação para qualquer criança.

Mas, com a mesma intensidade com que atraem a criança, são deixados de lado após serem manipulados, no máximo durante uma semana. É que a maioria deles dispensa a colaboração da criança. Esta precisa apenas apertar um botão e ver a máquina maravilhosa funcionar por si mesma. Está tudo previsto e certo, como um programa de televisão. Só tem um defeito: cansa.

Por outro lado, quem nos explica a magia dos velhos brinquedos e brincadeiras que sobreviveram a nossos bisavós, avós, pais e chegam a nós ainda fascinantes?

Que fada ou duende inventou o pião, a pipa, as bolas de gude, os jogo da amarelinha, o bilboquê, os cubos de montar e inventar, o barro para modelar coisas e sujar crianças, a roda, o esconde-esconde?

Quem descobriu essas brincadeiras que nunca enjoam?Foi a a televisão? Foram os engenheiros das fábricas de brinquedos? Não. Foram as próprias crianças através dos séculos. Uma herança que deve ser transmitida às crianças futuras. Afinal, brincar sempre é preciso..

Maria Helena Correa



INTERPRETAÇÃO DO TEXTO:



  1. Por que os brinquedos são deixados de lado rapidamente?



2) Quem descobriu as brincadeiras que nunca enjoam?



3) Você concroda com a afirmação: “ Afinal, brincar semprr é preciso...” Justifique sua respostas.


4) Você já participou de algumas bincadeiras citadas no quarto parágrafo do texto? Quais?



5) Que tipos de brinquedos a televisão anuncia hoje em dia?



Marque: (A) ditongo (B) hiato ( C ) tritongo


( ) quão ( ) ânsia ( ) gaúcho

( ) véu ( ) Paraguai ( ) doação

( ) comia ( ) maresia

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A descoberta do mundo

A descoberta do mundo

O que eu quero contar é tão delicado é tão delicado quanto a própria vida. E eu queria poder usar delicadeza que também tenho em mim, ao lado da grossura de camponesa que é o que me salva.
Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em aprender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce , estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo aliás atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. Ou será que eu adivinhava mas turvava minha possibilidade de lucidez para poder, sem me escandalizar comigo mesmo, continuar em inocência a me enfeitar para os meninos? Enfeitar-me aos onze anos de idade consistia em lavar o rosto tantas vezes até que a pele esticada brilhasse. Eu me sentia pronta, então. Seria minha ignorância um modo sonso e inconsciente de me manter ingênua para poder continuar, sem culpa, a pensar nos meninos? Acredito que sim. Porque eu sempre soube coisas que nem eu mesma sei que sei.
As minhas colegas de ginásio sabiam de tudo e inclusive contavam anedotas a respeito. Eu não entendia mas fingia compreender para que elas não me desprezassem e à minha ignorância.
Enquanto isso, sem saber da realidade, continuava por puro instinto a flertar com os meninos que me agradavam, a pensar neles. Meu instinto precedera a minha inteligência.
Até que um dia, já passados os treze anos, como se só então eu me sentisse madura para receber alguma realidade que me chocasse, contei a uma amiga íntima o meu segredo: que eu era ignorante e fingira de sabida. Ela mal acreditou, tão bem eu havia fingido. Mas terminou sentindo minha sinceridade e ela própria encarregou-se ali mesmo na esquina de me esclarecer o mistério da vida. Só que também ela era um amenina e não soube falar de um modo que não ferisse a minha sensibilidade de então. Fiquei paralisada olhando para ela, misturando perplexidade, terror, indignação, inocência mortalmente ferida. Mentalmente eu gaguejava: mas por quê? Mas por quê? O choque foi tão grande – e por uns meses traumatizante – que ali mesmo na esquina jurei alto que nunca iria me casar.
Embora meses depois esquecesse o juramento e continuasse com meus pequenos namoros.
Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amo. Esse adulto saberia como lidar com uma alma infantil sem martirizá-la com a surpresa, sem obrigá-la a ter toda sozinha que se refazer para de novo aceitar a vida e os seus mistérios.
Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continua intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.


( Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro, Rocco. p. 113-115)


Compreensão e Interpretação de Texto

1.Como a narradora faz sua própria descrição?


2.Por que o título do texto é “A descoberta do mundo”? Explique?

3. De acordo com o contexto em que está inserido, a que a narradora-personagem se refere quando menciona “os fatos da vida”?


A Consulta

A CONSULTA

(Domingos Pellegrini)


Nosso herói, Coitado de Tal, é um trabalhador doente, com dores constantes. Já procurou terreiro, curadores, tomou chás, fez “simpatias”. Agora, vai tentar a medicina. Está diante de um médico, no consultório. Conseguirá a cura para o seu mal? Leia o texto teatral para saber.


1. Doutor: Bom dia. (Examina rapidamente a ficha de Coitado, que uma secretária trouxe) Coitado de Tal – confere, seu Coitado?

2. Coitado: Sou eu mesmo, doutor.

3. Doutor: Quarenta e dois anos, casado, rua 1º de Maio – confere?

4. Coitado: Confere, doutor, sou eu mesmo.

5. Doutor: Porque tem muito Coitado de Tal no fichário, pode confundir.

6. Coitado: Mas por falar em coitado, doutor, eu vim aqui porque…

7. Doutor: O senhor pode ficar à vontade. (Faz Coitado sentar ao lado de uma máquina registradora) Muito bem, vamos com isso – o que é que o senhor sente, seu Coitado?

8. Coitado: Bom, doutor, eu sinto que estou morrendo.

9. Doutor: Muito bem, então o senhor sente que está morrendo. Todo dia, seu Coitado?

10. Coitado: Todo dia, doutor. Tem dia que eu acho até que já morri, de tanta dor e fraqueza.

11. Doutor: Acha que já morreu, muito bem. O senhor precisa ver um médico da cabeça, seu Coitado, um psiquiatra. Vou dar o endereço de um para o senhor. (Aciona a manivela da caixa registradora, tira um cartão da gaveta) O senhor entregue a ele este cartão, diga que fui eu quem mandei.

12. Coitado: Muito obrigado, doutor – mas o senhor acha que o caso é na cabeça?

13. Doutor: Não se incomode, seu Coitado, que o senhor já morreu. Mas me diga: e a urina?

14. Coitado: Pois é, doutor, a urina…

  1. Doutor: Era o que eu pensava – vou indicar pro senhor um especialista em urina, um

urologista. (Retira mais um cartão da registradora, entrega a Coitado) E as tonturas, seu Coitado?

16. Coitado: Que tontura, doutor?

17. Doutor: O senhor não disse que sente umas tonturas?

18. Coitado: Deve ter sido outro coitado, eu não, doutor.

19. Doutor: O senhor não deve esconder nada do médico, eu estou aqui para ajudar o senhor.

20. Coitado: Pois é, doutor, mas…

21. Doutor: Se o senhor me sonega alguma informação eu não posso estruturar o quadro clínico simplesmente porque foi solapada a anamnese, e o levantamento sindromático é base do quadro clínico. Toda a moderna medicina está pautada no relacionamento médico-paciente, entre os quais a confiança é fundamental.

22. Coitado: O senhor tem razão, doutor, eu… eu não sabia que estava tão ruim.

23. Doutor: Então só me responda sim ou não, por favor.

24. Coitado: Tá certo, doutor, mas é que com tanta pergunta eu fico até meio tonto…

25. Doutor: Ah! Que tipo de tontura, seu Coitado?

26. Coitado: O senhor quem sabe, ué, doutor.

27. Doutor: Não, não sei, seu Coitado, isto requer um especialista – vou indicar para o senhor um ótimo neurologista. (Retira um cartão da registradora, entrega a Coitado) E o apetite vai bem?

28. Coitado: O meu, doutor? Nem me fale…

  1. Doutor: Não vou falar nada mesmo, seu Coitado, quem vai falar é um especialista –

vou indicar um ótimo apetitista para o senhor. (Outro cartão)

30. Coitado: Muito obrigado, doutor, mas o que eu sinto mesmo…

31. Doutor: Com um bom tratamento o senhor não vai sentir mais nada. Rapidamente levanta a camisa de Coitado e lhe escuta as costas com o estetoscópio. Respire fundo.

32. Enfermeira: Telefone da clínica, doutor.

  1. Doutor :Transfere o estetoscópio para o peito de Coitado .O senhor segura isto aqui no

peito, assim, e vai respirando fundo. O doutor sai. Coitado fica segurando o estetoscópio no peito e respirando fundo. Depois de algum tempo, o doutor volta, retira o estetoscópio.

34. Doutor: Muito bem, seu Coitado. Abra a boca e os olhos bem abertos. Examina boca e olhos ao mesmo tempo. Faz Coitado deitar rapidamente, lhe enfia o termômetro na boca, enquanto lhe apalpa a barriga e lhe dá pancadinhas com os dedos e marteladas nos joelhos. Sente alguma coisa, seu Coitado? Dói aqui? O que é que o senhor sente quando aperto aqui? E me diga uma coisa: o senhor bebe muito?

35. Coitado: Eu…

36. Doutor: Então o senhor controla a bebida, seu Coitado, controla para seu próprio bem. Pode levantar.

37. A enfermeira entra rapidamente estão chamando da clínica, doutor.

38. Doutor: Vou receitar uns medicamentos e vai escrevendo a receita, mas o senhor não deve deixar de seguir as outras orientações.

39. Coitado: Mas, doutor, eu queria saber…

40. Doutor: O senhor não se incomode que isso vai passar, na vida tudo passa. O senhor volte aqui me trazendo um relatório de cada um dos especialistas que indiquei, e mais resulktados de raio-x e dos outros exames que eles pedirem, de sangue, de urina, de fezes, eletroencefalograma, etc.

41. Coitado: Mas até lá eu posso estar morto, doutor…!

42. Doutor: O senhor já morreu demais, seu Coitado.


Após a leitura do texto , responda a estas questões:


1) Que diferença há entre doutor e médico?


2) Nas frases abaixo foi usada a palavra “simpatia” com significados diferentes. Dê o significado da palavra usada em cada frase.


a) A simpatia dessa mulher me faz esquecer que ela é muito feia.


b) Tomara que dê certo a simpatia que ela ensinou.


3) No texto , há dois instrumentos médicos: estetoscópio e termômetro. Para serve cada um deles?


4) O paciente não entendeu a fala do médico (parágrafo 21) e supôs que, pelo palavreado, estivesse muito mal. Como você daria essa mesma explicação de modo que o paciente entendesse?



5) Podemos afirmar que o paciente procurou o médico tão logo percebeu sintomas de doença? Explique.



6)Dando ao paciente o nome de Coitado de Tal, o autor pretendeu:


a. ( ) demonstrar que as tentativas de cura fora da medicina maltratam as pessoas.

b. ( ) fazê-lo representar qualquer pessoa, sem lhe atribuir individualidade.

c. ( ) evitar que o nome coincidisse com o de qualquer outra pessoa e a melindrasse.

d. ( ) deixar claro que todos os doentes são iguais e merecem tratamentos iguais.


7) Que especialistas o médico indicou ao paciente?


8) No Parágrafo 22, Coitado de Tal disse: “eu não sabia que estava tão ruim”. O que o fez pensar assim?


9) A enfermeira interrompeu a consulta duas vezes para anunciar chamado da clínica. O modo de agir do médico nas duas ocasiões insinua que ele:


a. ( ) resolvia os casos de sua clínica por telefone, em horário de atendimento aos pacientes.

b. ( ) dava prioridade a quem o procurava pessoalmente.

c. ( ) considerava inoportunos os telefonemas da clínica.

d. ( ) se preocupava muito mais com sua clínica particular.


10) A caixa registradora é um elemento estranho a um consultório médico. Por que o autor a incluiu no texto?


11) Na sua opinião, a medicina é um comércio ou apenas há médicos que fazem da medicina um comércio? Explique.



GABARITO:




1)Doutor – aquele que se formou numa universidade e recebeu a mais alta graduação após haver defendido uma tese (doutorado).

Médico – aquele que estudou qualquer área da medicina e a exerce.


2)

a) atitude amável no trato com as pessoas, tendência instintiva de aceitação entre as pessoas.

b) Ritual para prevenir ou curar enfermidades ou atrair objeto de desejo.



3)Estetoscópio – serve para ampliar e ouvir sons internos do corpo humano como batidas do coração e a entrada e saída do ar nos pulmões.

Termômetro – serve para medir a temperatura interno do corpo humano.



4) Resposta pessoal. A resposta mais óbvia é que se empregaria linguagem menos técnica e mais acessível à compreensão do paciente.



5)Não. Porque o seu Coitado afirmou que sentia que estava morrendo e todo dia sentia dor e fraqueza, sinal que esses sintomas já aconteciam a algum tempo.


6. Alternativa b.


7.Um psiquiatra, um urologista, um neurologista, um apetitista.


8. A linguagem muito técnica usada pelo médico, a qual o paciente não entendia. A explicação muito longa e confusa levou o paciente a achar que estava muito doente.


  1. Alternativa a

10. Para indicar que a prioridade do médico era financeira e não a saúde dos pacientes.


11. Resposta pessoal. Qualquer que seja a resposta, deverá apresentar argumentos plausíveis à afirmação, isto é, situações que comprovam a afirmação.


A lenda das borboletas

A lenda das borboletas.

Isso aconteceu quando Jesus ainda era menino.
Um dia, ele saiu bem cedo para apanhar água no bosque.
Era primavera e o bosque estava coberto de flores: margaridas do campo, jasmim, madressilvas, miosótis...
Jesus parou para admirar o colorido das flores quando a brisa soprou mais forte. E o sopro da brisa carregou várias florezinhas que, despetaladas, caíram aqui e ali. Algumas bem próximas de Jesus.
Os olhos do menino encheram – se de lágrimas. Ele pensava: daqui a pouco, elas murcham e nunca mais enfeitam o bosque.
Então Ele abaixou – se e, delicadamente, foi erguendo as pétalas e soprando – as de leve para o alto.
Ao sopro mágico, as pétalas foram se transformando em aveludadas e coloridas asas, que saíram a bailar entre as ramagens, beijando as plantas em que haviam nascido.
E foi assim que surgiram as borboletas.

Vocabulário:
lenda – fábula, tradição popular, fato da imaginação do povo ou do autor.
brisa – vento brando e fresco, aragem
ramagem – ramos de uma planta


Interpretação:

1- Responda com frases completas:

a) Em que estação do ano se passa a história?

b) Como estava o bosque naquela ocasião?

c) O que fez Jesus quando viu as flores?

2 – Numere na ordem dos acontecimentos:

( ) As florezinhas caíram despetaladas.
( ) Jesus parou para admirar as flores.
( ) Jesus transformou as flores em borboletas.
( ) A brisa soprou mais forte.

3 - Complete, esclarecendo por que aconteceram os fatos:•


a) Os olhos do menino encheram – se de lágrimas porque...

b) As borboletas surgiram porque...

A Bela e a Fera

A Bela e a Fera

Adaptado dos contos dos irmãos Grimm


Há muitos anos, em uma terra distante, viviam um mercador e suas três filhas . A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso era chamada de "BELA". Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios. Reuniu as suas filhas e disse:

Não ficarei fora por muito tempo. Quando voltar trarei presentes. O que vocês querem? As irmãs de Bela pediram presentes caros, enquanto ela permanecia quieta. O pai se voltou para ela, dizendo :

E você, Bela, o que quer ganhar?

Quero uma rosa, querido pai, porque neste país elas não crescem, respondeu Bela, abraçando-o forte.

O homem partiu, conclui os seus negócios, pôs-se na estrada para a volta. Tanta era a vontade de abraçar as filhas, que viajou por muito tempo sem descansar. Estava muito cansado e faminto, quando, a pouca distância de casa, foi surpreendido, em uma mata, por
furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho. Desesperado, começou a vagar em busca de uma pousada, quando, de repente, descobriu ao longe uma luz fraca. Com as forças que lhe
restavam dirigiu-se para aquela última esperança. Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. O interior, realmente, era suntuoso, ricamente iluminado e mobiliado de maneira esquisita. O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e vinho delicioso. Extenuado, sentou-se e começou a devorar tudo. Atraído depois pela luz que saía de um quarto vizinho, foi para lá, encontrou uma grande sala com uma cama acolhedora, onde o homem se esticou, adormecendo logo. De manhã, acordando, encontrou vestimentas limpas e uma refeição muito farta. Repousado e satisfeito, o pai de Bela saiu do palácio, perguntando-se espantado por que não havia encontrado nenhuma pessoa. Perto do portão viu uma roseira
com lindíssimas rosas e se lembrou da promessa feita a Bela. Parou e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, atrás de si um rugido pavoroso e, voltando-se, viu um ser monstruoso que disse:

É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando as minhas rosas? Para castigar-te, sou obrigado a matar-te! O mercador jogou-se de joelhos, suplicando-lhe para ao menos
deixá-lo ir abraçar pela última vez as filhas. A fera lhe propôs, então, uma troca: dentro de uma semana devia voltar ou ele ou uma de suas filhas em seu lugar. Apavorado e infeliz, o homem retornou para casa, jogando-se aos pés das filhas e perguntando-lhes o que devia fazer. Bela aproximou-se dele e lhe disse:

Foi por minha causa que incorreste na ira do monstro. É justo que eu vá...

De nada valeram os protestos do pai, Bela estava decidida. Passados os sete dias, partiu para o misterioso destino. Chegada à morada do monstro, encontrou tudo como lhe havia
descrito o pai e também não conseguiu encontrar alma viva. Pôs-se então a visitar o palácio e, qual não foi a sua surpresa, quando, chegando a uma extraordinária porta, leu ali a inscrição
com caracteres dourados: "Apartamento de Bela". Entrou e se encontrou em uma grande ala do palácio, luminosa e esplêndida. Das janelas tinha uma encantadora vista do jardim.Na hora do almoço, sentiu bater e se aproximou temerosa da porta.Abriu-a com cautela e se encontrou ante de Fera. Amedrontada, retornou e fugiu através da salas. Alcançada a última, percebeu que fora seguida pelo monstro. Sentiu-se perdida e já ia implorar piedade ao terrível ser, quando este, com um grunhido gentil e suplicante lhe disse:

Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo ; mas não sou mau e espero que a minha companhia, um dia, possa ser-te agradável. Para o momento, queria pedir-te, se podes, honrar-me com tua presença no jantar.

Ainda apavorada, mas um pouco menos temerosa, bela consentiu e ao fim da tarde compreendeu que a fera não era assim malvada.Passaram juntos muitas semanas e Bela cada dia se sentia afeiçoada àquele estranho ser, que sabia revelar-se muito gentil, culto e educado.
Uma tarde , a Fera levou Bela à parte e, timidamente, lhe disse:

Desde quando estás aqui a minha vida mudou. Descobri que me apaixonei por ti. Bela, queres casar-te comigo?

A moça, pega de surpresa, não soube o que responder e, para ganhar tempo, disse:

Para tomar uma decisão tão importante, quero pedir conselhos a meu pai que não vejo há muito tempo! A Fera pensou um pouco, mas tanto era o amor que tinha por ela que, ao final, a deixou ir, fazendo-se prometer que após sete dias voltaria.
Quando o pai viu Bela voltar, não acreditou nos próprios olhos, pois a imaginava já devorada pelo monstro. Pulou-lhe ao pescoço e a cobriu de beijos. Depois começaram a contar-se tudo que acontecera e os dias passaram tão velozes que Bela não percebeu
que já haviam transcorridos bem mais de sete.
Uma noite, em sonhos, pensou ver a Fera morta perto da roseira. Lembrou-se da promessa e correu desesperadamente ao palácio. Perto da roseira encontrou a Fera que morria. Então, Bela a abraçou forte, dizendo:

Oh! Eu te suplico: não morras! Acreditava ter por ti só uma grande estima, mas como sofro, percebo que te amo.

Com aquelas palavras a Fera abriu os olhos e soltou um sorriso radioso e diante de grande espanto de Bela começou a transformar-se em um esplêndido jovem, o qual a olhou comovido e disse:

Um malvado encantamento me havia preso naquele corpo monstruoso. Somente fazendo uma moça apaixonar-se podia vencê-lo e tu és a escolhida. Queres casar-te comigo agora?

Bela não fez repetir o pedido e a partir de então viveram felizes e apaixonados.

http://www.educacional.com.br/projetos/ef1a4/contosdefadas/belaeafera.html



Momento de Reflexão


1) Por que a Fera quis matar o velho homem?


2) Onde vivia a Fera?


3) Porque a Bela fugiu da Fera?


  1. Porque a Bela, após conseguir sair do palácio da Fera quis voltar?


  1. O que tornou o monstro um lindo rapaz?


  1. Como é o final do conto defadas “ A Bela e a Fera”?


  1. O conto de fadas “ A Bela e a Fera” contém os elementos de um “ típico” conto de fadas? Quais são eles?


  1. Comparando com conto de fadas moderno “Shrek” quais são as semelhanças e quais são as diferenças entre os dois contos lidos?


  1. Qual a principal diferença entre o conto do “Shrek” e o da “ Bela e a Fera”?


  1. Ao comparar o conto da “ Bela e a Fera” com o conto da “ Princesa e o Sapo” observamos quais semelhanças? E quais diferenças?


11) O conto da “Bela e a Fera” possui mais semelhanças com o conto do “Shrek” ou com o conto da “ Princesa e o Sapo”? Por que?